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UNIÃO DE FORÇAS: ARMA CONTRA A PEDAGOGIA DA OPRESSÃO
“A união dos professores, diretores e especialistas em educação (supervisores e orientadores) aposentados do Estado com o Sindicato representativo dos profissionais do ensino permite que os movimentos reivindicatórios sensibilizem os governantes, assegurando vitórias”. A declaração foi feita pelo vereador Flávio Cheker (PT) em encontro com a categoria, realizado ontem na Câmara Municipal.
Os aposentados lutam pela recomposição dos salários, que acumulam perdas de mais de 100%. O retrocesso é resultado da combinação de dez anos sem aumento, da instituição do plano de cargos e salários do Estado, que reposicionou os profissionais de educação gerando a regressão de carreiras, e da reforma administrativa do Estado, que por intermédio de prêmios de produtividade mina a paridade entre salários de aposentados e profissionais em atividade, garantida por lei.
A coincidência entre a mobilização e a greve dos professores estaduais da ativa, que reivindicam o cumprimento do piso salarial nacional de R$ 1.312, levaram representantes do Sind-UTE presentes no encontro a fazerem um apelo à união de forças. Os aposentados foram convidados para uma reunião no dia 20, às 16h, no Sindicato dos Bancários.
A articulação dos aposentados teve início em novembro do ano passado. As líderes do movimento buscaram o apoio de Flávio porque, “como professor, ele entende nossa causa”, esclarece Ana Scotton. Há 33 anos no magistério, Cheker conhece de perto a realidade dos profissionais de educação, “que mais parece um filme em preto e branco, sempre a se repetir”.
Com o auxílio do vereador, as profissionais organizaram e estenderam o movimento ao âmbito regional. Foi elaborado um abaixo-assinado com as reivindicações da categoria, que percorre não só Juiz de Fora, mas também outras cidades da Zona da Mata, como Mar de Espanha, Bicas, Maripá e Guarará. O documento deve ser entregue ao governador do Estado e à Secretaria de Educação de Minas Gerais.
