Representação nº …
Sr. Presidente,
Srs. Vereadores,
Requeiro à Mesa, ouvido o Plenário, nos termos da Legislação vigente, que se represente ao Exmo.Sr. Governador do Estado de Minas Gerais, Dr. Itamar Augusto Cautieiro Franco, no sentido de que este atenda às reivindicações justas e elementares dos trabalhadores em educação, sobretudo o pagamento integral e imediato do 13º salário, já que o funcionalismo não pode “pagar o pato” pelo descompromisso do governo anterior.
Assim, reproduzimos na íntegra o texto do Boletim da Campanha Salarial Educacional do 1999 do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, que expressa, respeitosamente e na pluralidade normal da vida democrática, seu descontentamento com as medidas tomadas pelo Ilustre Governador Itamar Augusto Cautieiro Franco.
O fato e a versão
“Nesses últimos dias, tem havido um bombardeio de desinformação a respeito da posição do Sind-UTE em relação à negociação com o governo estadual. O que está acontecendo é uma tentativa de desgastar a categoria que teve coragem de peitar o governo Itamar Franco(PMDB) e cobrar-lhe o pagamento integral do 13º salário de 98, das verbas retidas e a negociação da pauta de reivindicações.
Pelo fato de a categoria não ter se alinhado com o governador, ele tem tentado intimidar os trabalhadores em educação e desgastar o Sind-UTE. A intimidação ficou clara quando o governo passou a ameaçar com demissões os trabalhadores em educação, numa atitude autoritária e contrária às promessas feitas em campanha. Com essa ameaça, o governo pretende manter caladas as vozes que exigem apenas seus legítimos direitos.
O desgaste do Sind-UTE junto à categoria foi a segunda tentativa do governo de tentar retirar a legitimidade das reivindicações dos trabalhadores em educação. No dia 12 de junho, o diário oficial do estado, o ‘’ Minas Gerais ‘’, publicou uma reportagem em que dizia que as negociações entre SEE e Sind-UTE estavam avançando e que medidas tomadas pela Secretaria teriam o aval do Sindicato.
A reportagem teve como intenção clara enfraquecer o Sindicato como negociador legítimo e defensor dos anseios da categoria. Ao dizer que o Sind-UTE concordava com as medidas da secretaria, o governo queria dar a entender que a única oposição à sua administração estava cooptada e satisfeita. Não é verdade. A categoria, e consequentemente o Sind-UTE, avaliam que o que o governo têm oferecido aos trabalhadores em educação não comtempla as expectativas da categoria.
Para finalizar, é bom destacar que, questionado sobre o conteúdo inverídico da reportagem publicada no Minas Gerais, o secretário Murilo Hingel alegou que passou para a Imprensa Oficial apenas as medidas adotadas pela secretaria, sem qualquer opinião do Sindicato a respeito delas. Se esse foi realmente o fato, valeu a versão inicial.
A secretária-adjunta tem afirmado que a Secretaria não está fazendo nenhuma discussão sobre reposição de aulas no momento, diversos supervisores e inspetores, entretanto, estão cobrando essa reposição. O Sind-UTE mantém a posição de só discutir reposição de aulas após a Campanha Educacional/Salarial. Por tudo isso, reafirmamos que estamos mantendo o estado de greve “.
Palácio Barbosa Lima, 14 de julho de 1999.
FLAVIO CHEKER
VEREADOR – PT