A distribuição domiciliar e gratuita de medicamentos e materiais médicos para a população idosa de Juiz de Fora motiva Projeto de Lei apresentado pelo vereador Flávio Cheker nesta quinta-feira (30/06). Pela proposta, a Prefeitura deverá fazer a entrega de remédios e acessórios para idosos portadores de doenças crônicas, cadastrados a partir do SUS e do PSF (Programa Saúde da Família). Segundo o parlamentar, esta política é importante porque “é preciso levar o sistema aos limites da sua estrutura, exigindo para o cidadão e a cidadã práticas que podem e devem ser ‘normais e cotidianas’, mas que no entanto parecem em um primeiro momento como impossíveis ou ‘luxuosas’ ”.
De acordo com o IBGE, em 2009 o Brasil possuía pelo menos 21 milhões de idosos, o que corresponde a 11,3% da população. Destes, quase a metade sofre de uma ou mais doenças crônicas e 32,5% não conseguem ser atendidos nem por um plano de saúde nem pelo PSF. Além disso, quase 14% encontram dificuldades para se locomover em trajetos de apenas cem metros.
Os idosos já merecem atenção diferenciada da Saúde a partir do PSF e da Política Nacional de Idosos. Estes programas instituem medidas para promover os direitos sociais desta parcela da população, criando condições para a promoção de sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. A distribuição domiciliar de medicamentos é uma destas políticas.
Segundo o Projeto de Lei apresentado, os idosos com direito a receber os medicamentos em casa devem ser previamente cadastrados pela Prefeitura, a partir dos dados disponibilizados pelo SUS. A distribuição fica a cargo dos Agentes Comunitários de Saúde.
Parabéns pela ideia de podermos levar medicamentos aos que nao tem como pegar nas Upas.Pois muitas vezes alegam que estamos fcilitando demais para as familhas.
Acho boa a idéia, tomara q venha a ocorrer de fato. Porém, nunca podemos deixar de lembrar da administração deficitária dos recursos humanos da saúde pela PJF… o que ocorre, Flávio, é que em várias equipes há falta de agentes de saúde há anos, e assim, muitos idosos com dificuldades podem não estar cadastrados. Há também falta de vários outros profissionais do PSF, e quase nada tem sido feito para de fato e definitivamente melhorar isso.