O vereador Flávio Cheker realizou audiência pública, no dia 24 de setembro, para tratar sobre o funcionamento e a destinação de recursos públicos para os Centros de Atenção Psicossocial – CAPS – e o andamento da implantação da Reforma Psiquiátrica na cidade. Medidas tomadas pelo Poder Público também foram questionadas e colocadas em evidência pelo vereador, já que mais de 500 pacientes psiquiátricos internados poderão sofrer impactos com o descredenciamento de unidades pela União.
“Sensibilidade e transparência devem estar presentes nas ações e nas informações que devem ser repassadas às famílias de pacientes”, ressaltou Cheker. Ele afirmou que a reforma é um ganho para o país, mas que necessita ser feita com empenho e atenção das autoridades municipais, para que os principais objetivos não se antagonizem.
Os Centros de Atenção Psicossocial foram apontados como parte da solução para os problemas, levantados durante a audiência. E, de acordo com o Executivo Municipal, está prevista a construção de mais dois CAPS, um deles, inclusive, para atendimento de urgência e emergência, e que, além disto, serão implantadas residências psiquiátricas.
Entretanto, entidades como a Associação de Doentes Mentais de Juiz de Fora e a Ouvidoria de Saúde questionaram a estrutura da Reforma, temendo que os hospitais que permanecerão abertos não tenham capacidade para atender a todos os pacientes com transtornos psiquiátricos e os deixem desassistidos ou em condições não adequadas de tratamento.
Denúncias de maus tratos a pacientes e a existência do convívio de doentes mentais com dependentes químicos foram, também, questões levantadas, como tentativa de mostrar que instituições psiquiátricas não devam abrigar presos que usam drogas e que, por decisão judicial, para lá são destinados.
Flávio Cheker garantiu que irá continuar lutando para que a situação dos pacientes psiquiátricos se resolva da melhor forma possível. “A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara, estará realizando visitas às unidades de saúde mental, buscando atender às diversas solicitações encaminhas a ela, e vai continuar buscando sensibilizar o Poder Executivo para que este possa adequar a cidade ao novo modelo de gestão da saúde psiquiátrica na cidade”, garantiu.