O programa “Ciranda Cidadã” é executado pela Prefeitura de Juiz de Fora, com o intuito de promover os direitos humanos por meio dos serviços do município em assistência social e saúde. Na tarde desta quarta-feira, 30, o prefeito Bruno Siqueira participou do evento comemorativo pelo primeiro ano do programa e de lançamento do projeto “Territórios em Ciranda”, no auditório da Vigilância em Saúde (Avenida dos Andradas, 500). Na cerimônia, estiveram presentes o vice-prefeito Sérgio Rodrigues, o secretário de Desenvolvimento Social, Flávio Cheker, o subsecretário de Atenção Primária à Saúde, Thiago Horta, a chefe do Departamento de Políticas para Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos (DPCDH), Thais Altomar, a idealizadora do programa, supervisora de Direitos Humanos da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), Giane Elisa Salles de Almeida e a professora da faculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Elizete Menegat, além de servidores das duas pastas envolvidas no programa.
Um vídeo institucional contou a história da “Ciranda Cidadã” através de depoimentos de servidores e ilustrou a transformação dos serviços e dos profissionais de assistência social e saúde em agentes de promoção de direitos humanos. Apresentado o programa, Bruno ressaltou os benefícios das ações. “Uma administração não é feita só de obras, mas também de ações como esta. O programa, que completa seu primeiro ano, veio para ficar pela sua relevância social, por promover os direitos através da ciranda, do diálogo”. O prefeito rendeu uma homenagem a Giane Elisa e ao coordenador do programa na saúde, Marcelo Campos, pela iniciativa e realização das atividades ao longo deste primeiro ano.
O titular da SDS, Flávio Cheker, enfatizou a importância dada aos direitos humanos na atual administração municipal. “A celebração de um ano prova que o programa deu certo e surtiu resultados tanto para os servidores como para o cidadão que é atendido nos equipamentos. Torna essa relação mais humana, fraterna, respeitosa e tolerante com as diferenças, sobretudo com o público que mais precisa dessa acolhida, aquele mais vulnerável, em risco pessoal e social”. O subsecretário Thiago Horta lembrou que “o programa é único e genuinamente juiz-forano. Traz um elemento de formação e reconhece a política intersetorial no encontro”.
Ciranda Cidadã
A supervisora Giane Elisa, emocionada, trouxe à tona a origem do Ciranda Cidadã e lembrou de todas as mulheres negras que a antecederam e fizeram a ciranda girar até o momento atual. “O programa é sustentando por três pilares: o afrocentrismo, as metodologias participativas e os recortes de gênero, classe social e raça. É preciso pensar que a ciranda é como a vida. Acreditar que esse país, que a nossa cidade, pode ser um lugar mais justo, mais fraterno e melhor para todos”. O programa consiste em capacitar servidores públicos que atuam na ponta dos serviços para lidar melhor com o público, entender seus pertencimentos e respeitar as diferenças entre as pessoas, com o objetivo de promover proativamente os direitos humanos e ainda combater as violações, a violência institucional e a marginalização.
Territórios em Ciranda
O projeto está contido no Ciranda Cidadã e busca promover a imersão nos territórios onde os serviços de saúde e assistência estão inseridos para entender a comunidade além de sua cartografia e promover ações baseadas em suas especificidades, história e construção cultural.
O lançamento oficial ocorreu após a fase-piloto do projeto, realizada com as equipes de Estratégia de Saúde da Família dos bairros Industrial, Retiro e Santo Antônio. Cada grupo apresentou suas impressões e as experiências colhidas com os moradores mais antigos dos bairros, como origem do nome, fotografias antigas, mitos e lendas que construíram aquilo que os territórios são hoje.
Nesta segunda fase, o “Territórios em Ciranda” será expandido para cerca de cem profissionais, entre agentes comunitários da saúde, pedagogos dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e educadores das unidades socioassistenciais da PJF que atendem crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Ao final do evento, a professora Elizete Menegat ministrou a palestra “Território como Produtor de Direitos Humanos”.
FOTO Carlos Mendonça