O Plano Diretor Cicloviário Integrado, Projeto de Lei do vereador Flávio Cheker, foi um dos destaques do Seminário de Mobilidade Urbana, realizado na última quinta (10) pelo curso Arquitetura e Urbanismo da UFJF. Convidado para apresentar a proposta, em debate com conceituados escritórios de arquitetura, o parlamentar abordou a importância de uma abordagem pública do tema da mobilidade, algo hoje ainda pouco desenvolvido em Juiz de Fora.
De acordo com Cheker, Juiz de Fora, de modo semelhante a diversas cidades do país, tem seu trânsito dependente e saturado pelo transporte automotivo, congestionando as vias e sempre contribuindo para poluição sonora e atmosférica. E o pior de tudo, segundo o parlamentar, é a ausência de transporte público de qualidade e sem tampouco integração entre os modais. “Debater a adoção de redes que sirvam ao transporte cicloviário, nesse contexto é, não só oportuno, como absolutamente necessário, posto que este apresenta-se como uma solução extremamente eficaz, sendo o modal mais rápido em percursos de até seis quilômetros, além de contribuir para um ambiente sustentável”.
Cheker ainda lembrou dos inúmeros benefícios que o transporte cicloviário trouxe para as cidades que o adotaram e adotam, no Brasil e fora dele. Os exemplos são abundantes, alguns emblemáticos, como Amsterdã, na Holanda. Ali, as bicicletas foram encaradas como um dos elementos estruturantes de todo o sistema viário, não sem muita luta — o que normalmente é desconhecido — da população. “Uma de nossas dificuldades é que, desde o governo Mello Reis, com o IPPLAN, Juiz de Fora não possui um planejamento estratégico de urbanismo e de transporte. Este é hoje o nosso desafio: estar atento à realidade presente de modo a responder às necessidades do futuro”, disse. Para o parlamentar, tal atenção poderia ter sido aplicada à obras recentes na cidade, como a da avenida Deusdeth Salgado, o que não ocorreu: “Nada impediria, desde que planejada, a instalação integrada de uma ciclovia ali”.
O Plano Diretor Cicloviário Integrado ainda tramita nas comissões da Câmara Municipal, devendo em breve ir à votação em plenário. A proposta determina as diretrizes para estabelecimento de um sistema cicloviário municipal, cria conceitos para isso e propõe garantir a divisão do espaço público de uma maneira mais democrática, justa e, em especial, segura para ciclistas e pedestres. O projeto prevê ainda o mapeamento das vias que possuem potencial para aproveitamento pela rede cicloviária, observando-se as condições de relevo, pavimento e tráfego, bem como a instalação de toda a rede de apoio necessária para o ciclista. Elaborado após conhecimento da realidade de outros municípios, do país e do mundo, e após consulta a inúmeras leis análogas, o projeto de lei ganhou impulso com a promulgação recente, pela Presidenta Dilma, da Lei Nacional de Mobilidade Urbana, a qual determina prioridade para meios de locomoção não-motorizados. Para conhecer o projeto, basta clicar aqui. Envie também críticas e sugestões
Sr. Vereador Flávio Cheker,
Seus projetos na Câmara Municipal são sempre muiuto pertinentes e voltados para a melhoria da qualidade de vida da população. A questão da mobilidade urbana e a instituição na cidade do Plano Cicloviário Integrado é um exemplo disso. Como moradora do Bairro Floresta, fizemos uma pesquisa sobre as principais prioridades para o bairro e, entre elas está a construção de ciclovia unindo os bairros Floresta e Jardim Esperança. Centenas de funcionários da Fábrica de Tecidos São João Evangelista residem no Bairro Jardim Esperança e correm diariamente risco de vida transitando na rodovia 267 em meio a intenso tráfego de caminhões. O mesmo acontece com os adolescentes que estudam na Escola Carolina de Assis e residem no Bairro Jardim Esperança. Participamos de Audiência Pública (proposta por Júlio Gasparette); Fomos ao Secretário de Governo, Dr. Manoel Barbosa com essa reivindicação e…. nada. Portas fechadas. Peço-lhe fazer dessa também uma luta sua. Maria Enilda