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Fórum-DH manifesta-se contra demissão de militante dos Direitos Humanos
Em reunião realizada nesta quarta-feira (19) as entidades que compõem o Fórum Permanente de Direitos Humanos (Fórum-DH) decidiram se posicionar contra a demissão do assistente social Rogério Rodrigues do cargo de Diretor de Atendimento do CERESP (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) de Juiz de Fora. Um documento oficial será redigido nos próximos dias e divulgado à sociedade. A SEDS (Secretaria de Estado de Defesa Social) também será notificada pelo vereador Flávio Cheker.
Rogério Rodrigues trabalhava há quatro anos no Ceresp como diretor de atendimento, sendo responsável por ouvir e intermediar as demandas de acautelados e familiares. Segundo ele, a SEDS justificou sua demissão por possuir duplo vínculo em cargos públicos, no estado e no município. Contudo, sua vinculação municipal é com a Amac, e não com a Prefeitura. Logo, não se trata de cargo público.
As diversas entidades que compõem o Fórum-DH manifestaram sua solidariedade a Rogério, ressaltando sua vocação e histórico de militância em favor dos Direitos Humanos. Para o vereador Flávio Cheker, a demissão atinge a todos ali. “Trata-se de uma violência institucional, cometida não contra o Rogério, mas contra as entidades de Direitos Humanos, todos que nelas militam e aqueles que as procuram”, afirma.
Ainda ontem, e também como resposta à demissão, o Fórum-DH elegeu Rogério, por unanimidade, como novo representante da entidade no Conselho da Comunidade, respondendo por ela em diferentes assuntos relacionados aos Direitos Humanos e melhoria na cidade, permitindo ainda continuar projetos junto aos acautelados.
Durante a reunião, o Fórum debateu outros temas, como o CONPID (Conselho de Políticas Integradas sobre Drogas) e o Seminário sobre Populações de Rua. Quanto à visita feita ao Centro Socioeducativo de Juiz de Fora, a entidade decidiu tomar algumas providências, como requerer um médico e outros profissionais especializados junto à Prefeitura e ao governo do Estado, além de encaminhar a apuração de denúncias de maus-tratos a menores e manter-se vigilante ante a possibilidade de surgimento de novas denúncias.
