Um projeto arquitetônico de R$ 500 mil e disponibilidade financeira de R$ 200 mil, R$ 150 mil financiados pelo Banco do Brasil e R$ 50 mil de contrapartida da Prefeitura. Essa disparidade é o principal problema para o início da construção do centro de triagem de materiais recicláveis. O assunto foi levantado em reunião dos catadores e representantes de órgãos apoiadores da categoria nesta quinta-feira (17/11), na Câmara Municipal, sob a coordenação do vereador Flávio Cheker (PT).
Os participantes defendem uma reunião de engenheiros e arquitetos da Prefeitura e da Faculdade de Engenharia da UFJF para definir qual a melhor alternativa: reformular o projeto original ou elaborar um novo, adequado ao orçamento. A preocupação aumentou diante da informação de que o terreno, cedido pela União, inunda em função de ser abaixo do nível do Rio Paraibuna. Uma das possibilidades levantadas é a busca de ajuda junto à iniciativa privada. Outra, a complementação do valor por meio de negociação da dívida ativa de empresas com a Prefeitura.
Alguns catadores questionaram dificuldades de interlocução junto ao Poder Público, argumentando a necessidade de centralização. Eles reclamam de deficiências na Usina de Reciclagem de Santa Cruz, cuja administração foi repassada para a Ascajuf. A esteira está quebrada e foi sugerida a instalação de uma manual. Foram feitas queixas também quanto à limitação de coleta no Centro, que só pode ser feita a partir das 18 horas, e de essa limitação estar sendo levada aos bairros.
A dificuldade de diálogo paralisou negociações com o Demlurb e a Secretaria de Assistência Social quanto ao repasse pelo Centro Mineiro de Resíduo de recursos para capacitação e aquisição de equipamentos, como prensa e empilhadeira, para coleta seletiva feita por catadores. A Ascajuf se inscreveu e foi incluída no projeto.
A assistente social do Centro de Atenção ao Cidadão da Câmara, Flávia Flávio, por sua vez, informou sobre preparação de projeto para obtenção de apoio da Funasa aos trabalhadores. A contribuição não poderá ser estendida às instalações devido à ausência de projetos detalhados, incluindo hidráulico e elétrico.
Entre os presentes à reunião estiveram Durval José Moreira, do BB; Andréia Andrade, da Intecoop, da UFJF; Andréa Aparecida dos Santos, da Recid/MG; Janaina e Juliana Aparecida, da Ascajuf; Duílio Mendes, da SAU e Valéria Aparecida, da SAS. O Demlurb não enviou representante. A próxima reunião foi marcada para 15 de dezembro, quinta-feira, às 10h, novamente na Câmara Municipal.