Mais do que a qualificação ou não, como um ato de privatização, da transferência do serviço prestado pela Associação Municipal de Apoio Comunitário (AMAC) na creche do Manoel Honório para as mãos da Associação Congregação de Santa Catarina, deve-se discutir o que a sociedade, em conjunto, pode fazer para preservar os programas da AMAC. Esta foi a posição sustentada pelo vereador Flávio Cheker na audiência convocada para discutir a privatização das creches municipais.
A continuidade dos serviços, na visão de Flávio, passa inevitavelmente pela manutenção dos profissionais da entidade, que acumulam anos de experiência. “É necessário evitar o que a Lei Complementar 100 (LC 100) fez com os educadores do Estado, ameaçando os professores designados de perder o cargo a qualquer momento”, considerou Cheker.
Além da manutenção dos cargos, a valorização dos profissionais também foi apontada como uma questão fundamental. “Não se entende porque os educadores da AMAC recebem menos do que o previsto pelo plano de cargos e salários dos funcionários do município”, disse Flávio. Os recreadores ganham hoje em torno de R$ 600 por 40 horas semanais de trabalho, quando o certo seria um salário de cerca de R$ 1 mil por uma jornada de 20 horas semanais.
O vereador questionou sobre os projetos da prefeitura nesse sentido. A Secretária de Educação disse que, apesar de não considerar o salário justo, acredita que a mudança deve ser realizada aos poucos.