Nesta segunda-feira, 11, às 19 horas, será realizada a abertura do “Agosto Negro”, na Faculdade Estácio de Sá, com uma mesa-redonda. A partir daí, o projeto será dividido em duas etapas: até 26 de agosto, os bairros Benfica, Retiro, Olavo Costa e Bom Jardim vão receber, em escolas e centros, diversas atividades que chamem atenção para essa realidade e promovam um momento de reflexão. Nos dias 27, 28 e 29 de agosto, os debates serão no Museu do Crédito Real, localizado na Avenida Getúlio Vargas, 455, que sediará palestras com representantes da cultura hip hop, como o ativista do movimento “Favela não se cala”, André Constantini, e o rapper P.MC. Toda a programação é gratuita e aberta à população.
Agosto foi escolhido para tratar da cultura negra por ser o mês em que o pacifista Martin Luther King fez o discurso em prol da liberdade e justiça social, no ano de 1963, em Washington, nos Estados Unidos. O Brasil já possui movimentos como esse há vários anos, e, em Juiz de Fora, o assunto é debatido há uma década, principalmente por grupos de hip hop. Neste ano, o DPCDH apoia a causa junto com outras entidades, como o Núcleo de Assessoria Jurídica Popular da Universidade Federal de Juiz de Fora (Najup), o Coletivo de Mulheres Negras (Candaces) e o Coletivo Vozes da Rua, todos núcleos que já lutavam contra a discriminação racial.
Para Giane de Almeida, supervisora de Direitos Humanos e Cidadania do DPCDH, ampliar o debate para vários pontos da cidade é importante para reverter o atual cenário de violência e discriminação contra a pessoa negra. “Essa ação é um movimento nacional de basta à violência contra esse grupo. É uma forma de fortalecer esse combate”, ressalta.
Ciranda Cidadã
A Ciranda Cidadã, projeto que também será desenvolvido durante o “Agosto Negro”, pretende trazer uma atenção especial para a população negra, a mulher e a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) de Juiz de Fora. A iniciativa é uma ação pioneira no município, que objetiva realizar ações de garantia e promoção de direitos humanos para populações marginalizadas, além de promover ações educativas direcionadas aos servidores das secretarias de Desenvolvimento Social e Saúde, preparando-os para atender melhor o público em questão.
* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Social, pelo telefone 3690-8314.
SDS