Dispõe sobre a concessão de Título de Entidade Benemérita.
A Câmara Municipal de Juiz de Fora aprova:
Art. 1º – Fica concedido o Título de Entidade Benemérita de Juiz de Fora a “SOCIEDADE FILARMÔNICA DE JUIZ DE FORA”.
Art. 2º – Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Palácio Barbosa Lima, 17 de abril de 2008.
FLÁVIO CHEKER
VEREADOR
JUSTIFICATIVA
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE JUIZ DE FORA
De um grupo de amantes da música a Orquestra Filarmônica de Juiz de Fora surgiu em 1946, na Igreja de N.Sª do Rosário, onde o Pde. Aloísio Derossi Costa era o pároco. Juntamente com Dr. Vicente de Paula Pereira Batista (único dos fundadores vivo) e outros músicos da cidade organizou-se um pequeno grupo musical parra acompanhar os cânticos das missas de domingo.
Aos poucos foram se juntando outros músicos até que, em maio de 1948 foi fundada oficialmente a Sociedade Filarmônica de Juiz de Fora, a mais tradicional entidade musical da cidade, de onde surgiram praticamente todas as outras entidades de música da cidade, sendo Pde. Aloísio Derossi seu primeiro presidente e primeiro regente.
Inicialmente os ensaios eram realizados no Salão Paroquial daquela igreja e, durante 30 anos, a orquestra se viu na condição de falta de uma sede própria, passando por vários espaços dentre eles: Círculo Militar, Escola de Enfermagem (onde funciona o Palácio da Saúde), Grupo Duque de Caxias, Casa D’Itália, Escola Normal e Cia. Têxtil Bernardo Mascarenhas.
A Filarmônica ganhou do Dr.Cícero Tristão um terreno situado à Rua Oscar Vidal, 134 e, a partir de 1978, data da inauguração de sua sede, ela não mais precisou ocupar nenhum outro local pois já possuía sua própria casa. Na época, o então prefeito Mello Reis, doou toda a estrutura interna: cadeiras, cortina, palco e uniformes.
É uma entidade civil, sem fins lucrativos, de utilidade pública municipal, estadual e federal e inscrita no Conselho Nacional de Serviço Social o que possibilita receber recursos de órgãos público e privados.
Atualmente é presidida pelo maestro Ciro Tabet e possui 4 grupos musicais em funcionamento: Orquestra Filarmônica, Orquestra Jovem Filarmônica, Orquestra Escola da Filarmônica, Orquestra Maestro Euclides de Brito. Seus regentes são: Ciro Tabet e Walter Costa ( Tim ). São cerca de 110 músicos envolvidos nestes 4 grupos.
É mantida por doações de sócios e pessoas da comunidade.
Desenvolve projeto de musicalização de crianças e jovens através de instrumentos de cordas. Estes estudantes são integrantes do projeto Bolsa- Escola dos governos municipal e federal e integram a Orquestra Jovem Filarmônica e a Orquestra Escola de Filarmônica. Atualmente possui 80 integrantes e recebem orientação musical na sede da Filarmônica e na Scala Escola de Música, principal parceira da entidade. Este trabalho resgata a cidadania e integra a criança e o jovem na sociedade através de várias ações. Foi inspirado no Projeto Guri, mantido pela Prefeitura de São Paulo e a meta é de atender a 100 alunos a cada ano. O projeto foi mantido durante 4 anos graças à parceria entre a Filarmônica e a então Belgo Arcelor Juiz de Fora. Atualmente procura parceiros para manutenção deste importante trabalho.
Por este histórico, pela trajetória semeadora de cultura e paz, pelo talentoso e dedicado trabalho de seus músicos e demais componentes e também pelos relevantes projetos sociais que desenvolve, nada mais justo que tornar oficial – no momento em que completa o seu sexagésimo aniversário – o reconhecimento da cidade de Juiz de Fora à Orquestra Filarmônica de Juiz de Fora, concedendo-lhe o título de Entidade Benemérita de Juiz de Fora!
Palácio Barbosa Lima, 17 de abril de 2008.
FLÁVIO CHEKER
VEREADOR PT