O espanto e a sensação de ludibriamento demonstrados por vereadores da base governista, diante da desagradável surpresa provocada na população juizforana por correções do IPTU que parecem fugir a qualquer tipo de lógica, foram arguídos por Flávio Cheker. O vereador lembrou que a Casa poderia ter derrubado a proposta do Executivo e, com isso, evitado todas as incoerências que estão vindo à tona.
“A Casa errou. Agora “Inês é Morta”, disse Flávio, fazendo referência ao fato de que a solução do problema só aparece após o seu desenlance. “Agora é chorar pelo leite derramado”, insistiu.
Para Cheker, a Casa deve investir na correção do erro. “O imposto foi majorado à revelia da realidade sócio-econômica da população, de maneira tão gritante, que a saída é recorrer ao Ministério Público”, avaliou. Na quinta-feira, dia 4, o vereador, juntamente com os pares que votaram contra o reajuste do IPTU e membros da sociedade civil, vão protocolar uma ação no Ministério Púbico com esse teor.
O vereador ressaltou que os valores abusivos não são constatados apenas na correção do imposto. A taxa de coleta de resíduos sólidos (TCRS), cobrada no mesmo carnê, também sofreu reajustes exponenciais. “A filosofia que presidiu o brutal aumento do IPTU é a mesma da taxa [de coleta de resíduos sólidos]. O governo veio com apetite voraz”, ponderou.
Em alguns casos, o reajuste da taxa leva a uma situação inédita: alguns cidadãos estão pagando mais pela coleta de lixo do que pelo IPTU. “Desse jeito os moradores vão preferir levar seu lixo até o Demlurb!”, exclamou Cheker.