Tão logo o Executivo anunciou sua intenção de vender a Curva do Lacet, o vereador Flávio Cheker, perplexo, de imediato, disse tratar-se de uma excrescência, e que a Câmara Municipal não deveria sequer admitir tal possibilidade, conforme divulgado na imprensa local, ainda em 2007.
Sempre em defesa da prática esportiva como meio de promoção da cidadania e tendo a saúde universalizada como bandeira, o vereador Flávio Cheker sinalizou a necessidade de acender um alerta vermelho contra a demagogia e o uso de estratégias populistas, as quais deram o “tom” nas discussões que envolveram a possibilidade de venda do terreno da Curva do Lacet para, com esses recursos, construir o Hospital da Zona Norte.
“Sabemos que a paixão e a garra são necessárias em muitas decisões, mas, agora, é chegada a hora de prender o coração e ouvir a razão, para que as expressões democráticas e legítimas não sejam usadas como discurso fácil daqueles que usam o clamor popular para fazer valer interesses que não coincidem com a transparência que a democracia requer”, alertou Cheker.
O vereador enfatizou que há muitos anos a construção do Hospital da Zona Norte e usada como promessa política, pois retrata uma legítima aspiração e necessidade daquela região. Entretanto, ele alertou para o fato de que nenhum patrimônio com usufruto público pode ser descartado, sem que esta ação seja a expressão legítima da vontade da população. “Existem outras possibilidades como o remanejamento de rubricas orçamentárias que o Poder Público pode fazer, sem afetar o interesse da comunidade”, afirmou.
Com a decisão do Legislativo de excluir a Curva do Lacet do conjunto de imóveis que serão vendidos pela Administração Municipal, Flávio disse que continuará vigilante durante todo o processo de negociação dos terrenos.
“Sabemos que existem outras áreas anunciadas que possuem algum tipo de entrave e precisam de análise profunda e ampla discussão com a população. Temos o consenso sobre a necessidade do Hospital, pois ele poderá agilizar o atendimento, diminuindo o tempo na prestação de socorro à região”, enfatizou o vereador.
“Medimos o custo-benefício dentro da atividade política. Nos posicionamos a favor do projeto para não empastelar o acordo firmado, mas nos manteremos em estado de alerta”, disse Cheker. A argumentação do vereador é para que, durante o processo de licitação dos bens, os imóveis que já possuem destinação específica passem por ampla discussão, até que se encontre um denominador comum que satisfaça a toda comunidade e segundo afirmou, “se houver dúvidas poderemos nos dirigir ao Poder Judiciário para esclarecimento das mesmas”.