Por solicitação de Flávio Cheker foi realizada audiência pública, no dia 22 de agosto, para discutir os problemas enfrentados, há vários anos, por famílias que moram em área de ocupação, não regularizada, no bairro Borboleta. A regularização dos imóveis e a implantação de rede de água e esgoto foram questionadas pelo vereador que indagou, também, sobre a lenta atuação do Poder Público Municipal naquela região.
A ocupação tem dois tanques que distribuem água para a comunidade, mas a instalação de rede é proibida pelo Ministério Público, por se tratar de área de ocupação que está ainda em mãos do judiciário. Enquanto o processo de reintegração de posse da área está em aberto, os moradores afirmam que as crianças estão adoecendo com freqüência, por terem contato com o esgoto e por viverem sem saneamento básico adequado.
Flávio fez breve histórico para lembrar que essas reivindicações datam de quase dez anos e ressaltou que muito pouco foi feito pela área durante esses anos. “Em agosto de 1998 realizamos a primeira audiência pública para discutir o assunto. Fizemos mais duas audiências, em fevereiro e dezembro de 2003. Enviamos inúmeros requerimentos ao Executivo e, em que pese, algumas melhorias, o problema, em essência, continua o mesmo e sem solução”.
Outra preocupação apontada pela comunidade refere-se às fossas da parte de cima da rua Pedro Vanderpool, cuja capacidade se esgotou, e para tentar solucionar o problema, os moradores estão construindo outras fossas em locais não apropriados. Não há serviço de limpeza e a terra que desce para a área asfaltada, na época das chuvas, entope a rede de esgoto da parte de baixo do bairro Borboleta.
Como resultado da audiência e diante das reivindicações apresentadas, foi proposta a criação de comissão especial para acompanhar o processo de regularização das casas, que ocupam a área invadida no Bairro Borboleta, e a implantação das redes de luz, água e esgoto no local.
Segundo Flávio, essa comissão especial irá se encontrar com representantes da Prefeitura e do Ministério Público para, não só estudar a possibilidade de liberação de obras de melhorias da infra-estrutura e da regularização dos lotes, mas para tentar agilizar o processo, que pode se agravar, ainda mais, com a chegada do período de chuvas.