A Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) realizou na tarde da terça-feira, 13, uma reunião com profissionais do Instituto de Terapia Familiar de Minas Gerais (ITF), para alinhar os detalhes da implantação de dois novos serviços de acolhimento na cidade: a “Escola de Família” e o “Apadrinhamento Afetivo”. Os dois projetos foram anunciados em novembro de 2014, como parte do novo “Plano de Reordenamento e Expansão do Acolhimento Institucional de Juiz de Fora”, e agora estão sendo acertados os últimos detalhes com o instituto, que executará as ações.
A reunião aprofundou a discussão dos dois projetos, principalmente sobre como eles serão inseridos no fluxo de trabalho da rede de proteção à criança e ao adolescente. O projeto terá duração de um ano, quando os resultados serão apurados para possíveis ajustes e continuidade no ano seguinte. Toda a verba virá do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA) que, para complementar a arrecadação, também está aberto para doações.
“São duas atividades fundamentais para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes, que só são possíveis a partir de doações feitas por pessoas físicas e jurídicas, através do Imposto de Renda (IR) para o FMDCA. É importante aproveitar o momento, para conclamar a todos que, ao fazerem suas declarações do IR, deduzam os 3% legalmente permitidos para o Fundo Municipal. Isso não traz ônus para o contribuinte e vai auxiliar enormemente o futuro das crianças e dos adolescentes”, declarou o secretário de Desenvolvimento Social, Flávio Cheker.
De início, serão agendadas reuniões periódicas com os profissionais do ITF, para que as ações sejam realizadas em conjunto e com o mesmo foco: o fortalecimento dos vínculos familiares. As famílias e os residentes das unidades de acolhimento passarão por uma triagem antes de ingressarem nas novas propostas.
Novidades para o serviço de acolhimento institucional da cidade
A “Escola de Família” tem o objetivo de resgatar e fortalecer os laços das crianças e adolescentes em acolhimento com o seu núcleo familiar de origem. Para isso será realizado um trabalho que inclui diversas estratégias terapêuticas que levem a essas famílias a informação e atenção necessárias perante as dificuldades de retomar seus vínculos, que, após desfeitos, levaram a retirada provisória do filho desse ambiente.
Já o “Apadrinhamento Afetivo” se destina às crianças e aos adolescentes em situação de abrigamento, devido a destituição do poder familiar por ordem jurídica, não podendo retornar para suas famílias de origem no momento. Neste sentido, o apadrinhamento visa minimizar as perdas afetivas pelas quais essa criança e/ou adolescente foi submetido devido a situações de abandono, ameaça ou violação de direitos. Os projetos buscam, também, possibilitar a construção de novos laços afetivos, através dos padrinhos que queiram acompanhar a vida desse indivíduo sem vínculos jurídicos.
Novos serviços que complementam o trabalho já executado pela SDS
A inclusão do tratamento terapêutico no trabalho realizado pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e casas de acolhimento será de extrema importância para complementar o trabalho com as habilidades sociais dos núcleos familiares e, ainda, vai contribuir nas reinserções familiares sustentáveis. “Os dois projetos contribuirão para melhorar a qualidade do serviço de acolhimento no município em duas vertentes diferentes, tanto para trazer novas relações afetivas que amenizem os rompimentos anteriores, quanto aprofundar a qualidade no trabalho com as famílias que, no passado, não souberam sustentar essas relações com os filhos”, ressaltou o chefe do Departamento de Proteção Especial, Lindomar José da Silva.