Com o objetivo de criar mais um mecanismo de propagação da cultura na cidade, projeto de lei de autoria do vereador Flávio Cheker propõe instituir a Feira de Troca de Livros de Juiz de Fora, inspirada em bem sucedida iniciativa análoga desenvolvida em Porto Alegre (RS). Neste evento, a população em geral e as bibliotecas públicas e privadas terão a oportunidade de praticar a troca – ou o escambo – destas obras, propiciando a circulação de títulos e o enriquecimento dos acervos.
De acordo com o parlamentar, esta proposta reconhece o livro como um bem e um produto cultural, cuja importância pode ser percebida pelo potencial de seu uso. Basta lembrar que, segundo estimativas, o livro de uma biblioteca pode chegar a uma vida útil de até 50 anos em média, se bem cuidado, permitindo no mínimo 2400 leituras, se emprestado constantemente, pelo prazo de uma semana. Contudo, o projeto de lei procura reconhecer o valor deste objeto segundo outros aspectos. “A idéia é considerar o livro como produto cultural passível de transferência e caracterizado pela potencial multiplicidade de uso. É estabelecer mesmo um novo conceito – e inaugurar uma prática — que afirme o livro como produto social com cotação e valor cultural de troca”, afirma o vereador.
Tendo-se em vista tais características, a realização desta feira vem favorecer a circulação das obras, evitando que estas tenham seu uso restrito à leitura única dos acervos particulares, evidentemente para aqueles que assim o quiserem, bem como permitindo que as bibliotecas diversifiquem suas coleções, em especial títulos excedentes ou duplicados. “Não devemos, portanto, sepultar os livros e sim buscar alternativas dinâmicas para dar um bom aproveitamento e estabelecer relações de troca e multiplicidade do seu uso, levando-se sobretudo em consideração o baixo poder aquisitivo da população”.
O projeto de lei estabelece que a Feira de Troca de Livros ocorrerá anualmente, no último domingo do mês de setembro, na Praça Antônio Carlos. Ao executivo municipal caberá a inscrição dos participantes (sejam eles bibliotecas públicas e privadas, além da população em geral), a organização da estrutura e a divulgação do evento. Poderão ser objeto de troca quaisquer tipos de publicação, dos tradicionais livros às revistas em quadrinhos, desde que em bom estado. Será fornecido ainda um certificado de participação às bibliotecas, salas de leitura e demais instituições, como promotoras culturais de eventos de incentivo à leitura. A proposta restringe a atividade à prática do escambo, sendo proibida a venda de obras. Deste modo, como lembra Cheker, “a Feira de Troca de Livros será mais uma atividade cultural na cidade, para ampliar e conjugar, em um só evento, a participação e a parceria entre o Executivo Municipal, bibliotecas de instituições públicas e privadas e cidadãos, buscando ampliar o acesso ao livro, portanto à arte e ao conhecimento”.
em Juiz de Fora está se formando o clube da leitura, no qual terá além de trocas a possibilidade do empréstimo e aluguel de livros, não se se conhece a proposta. Além disso acho que a além da troca do escambo literário seria interessante os momentos de discussão, ler pra si é apenas criar um hábito, a interpretação, a troca é importante para a construção de conhecimento, ler por ler, pode ocasionar somente a reprodução de conhecimentos e não cosntrução.
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Flávio aplaudi de pé este projeto de iniciativa à leitura. Magnífica idéia. Nosso povo está precisando mesmo de estar em contato com o livro, pois quem lê diretamente a obra é capaz de ser mais dinâmico, criativo, ter e ser formadores(as) de consciência crítica. A internet é uma evolução informatizada, porém, as pessoas pouco visitam as bibliotecas ou tão pouco são capazes de adquirir uma obra literária por encontrar facilidades ‘já prontas’ na mesma. Tomara que este projeto tenha o apoio de todas as bibliotecas e sobretudo da população local e adjacências. Faço votos se sucesso. Como amo lê, estarei lá, para fazer trocas de livros na área de filosofia, teologia etc…
Flávio, duas palavras escrevo aqui: Parabéns e Obrigada.
Deixo palavras de José Saramago: “Uma pessoa pode não ter livros, e apesar disso, gostar de ler. E se não tem livros, vai buscar os livros onde eles estão.”
José Saramago
EXCELENTE INICIATIVA.
O povo de Juiz de Fora na média em geral é pouco letrado.
Falando com meus alunos, disse-lhes que não conseguem se expressar e escrever nas provas porque não tem cabedal de vocabulário.